“Quando começámos a trabalhar com a Cosentino, ligámo-nos imediatamente porque partilhámos a visão de que é muito mais sobre compreender os processos envolvidos.”
Andrea Trimarchi (born in 1983) and Simone Farresin (born in 1980) are the precocious minds behind Milan-based design studio Formafantasma, renowned for their innovative approach and commitment to challenging the conventions of design, particularly in terms of sustainability. Since founding the studio in 2009, the Italian duo have taken their groundbreaking vision beyond borders, becoming synonymous with design that transcends conventional aesthetics and prioritises the processes behind its creation.
Andrea Trimarchi (esquerda) e Simone Farresin na sede da Cosentino
Holistic approach
A sua filosofia de design enfatiza a importância do material e do processo em relação ao produto final. Esta ética é evidente não só no nome do estúdio, mas em todos os projetos que realizam. Formados pelo Istituto Superiore per le Industrie Artistiche (ISIA) em Florença e depois pela Design Academy Eindhoven, Trimarchi e Farresin adotaram uma abordagem holística que vê o design como um meio de compreender o mundo através da investigação.
Challenging convention
O trabalho de Formafantasma continua a desafiar as convenções e a explorar novos domínios e possibilidades no design de produtos, projetos espaciais, planeamento estratégico e consultoria. Com um foco particular na sustentabilidade, o estúdio adota uma abordagem que engloba todo o ciclo de vida do produto, desde a aquisição de materiais até ao fim da sua vida útil, defendendo a beleza e imprevisibilidade do processo criativo em vez da mera estética.
Para além da estética
Quando nos propomos a criar um material, seja para cozinhas ou para outros fins arquitetónicos, consideramos fascinante não só considerar a estética, mas também aprofundar os seus componentes. Trabalhando em estreita colaboração com os nossos clientes, exploramos como a materialidade do próprio objeto pode ser melhorada.
Design para o futuro
Os designers têm um papel crucial a desempenhar na inovação para lidar com a crise climática atual. É necessário iniciar novos processos. Não se trata apenas de proporcionar beleza, mas também conteúdo, revolucionar com ideias mais radicais e repensar os processos de produção.
Forma com substância
Um dos maiores desafios que enfrentamos enquanto designers profissionais é o equívoco comum entre os clientes de que o processo de design tem tudo a ver com estilo, forma ou apenas estética. Felizmente, quando começámos a trabalhar com a Cosentino, criámos imediatamente uma ligação porque partilhámos a visão de que é muito mais sobre compreender os processos envolvidos no desenvolvimento do material do que apenas focar-nos na estética.
Parcerias significativas
Existem sempre motivos pessoais para trabalhar com um parceiro; não se trata apenas de um acordo financeiro, mas também do que se descobre quando se conhece a sua realidade. Quando viajámos para Espanha para visitar a fábrica da Cosentino, ficámos surpreendidos com o número de jovens que trabalham na empresa e percebemos que a Cosentino se preocupa com a economia local e que é vital para as pessoas que lá vivem. Este facto fez-nos querer trabalhar com eles de uma forma que não teríamos conseguido de outra maneira. Quando se trabalha com uma empresa como a Cosentino, sabemos que temos de nos envolver no processo de produção e isso inclui, obviamente, conhecer as muitas pessoas que trabalham lá, bem como compreender as restrições e oportunidades do processo de produção.
As chaves para o Earthic
Earthic é uma superfície de elevada tecnologia e isto permitiu-nos compreender como podemos incorporar diferentes tipos de materiais reciclados, até 30% do produto final. O primeiro passo foi compreender completamente todos os componentes e identificar formas de melhorar o seu impacto. Por exemplo, embora a utilização de branco seja comum nesses processos, adicionar mais branco aumenta as emissões de CO2 durante a fabricação. É por isso que utilizamos diferentes tonalidades de cinzento.
Earthic e os seus componentes
A quantidade de material extraído da terra é fundamental para este tipo de superfície. Utilizamos três componentes principais para fazer Earthic. Em primeiro lugar, resíduos industriais, o que tem valor acrescentado porque estão diretamente ligados ao seu local de origem. Em segundo lugar, vidro reciclado. Por fim, o PET, feito de resíduos de garrafas de plástico, completa o trio de materiais.
Um bom resultado graças a uma boa relação de trabalho
A relação que construímos com a equipa de desenvolvimento foi muito positiva. O processo de desenvolvimento é um pouco semelhante a preparar um bolo, onde o pó (farinha) acaba por se tornar num material sólido. Por isso, é importante ter um bom relacionamento de trabalho com a equipa técnica.
Earthic Lab: Uma instalação que traz o invisível para o palco
Para nós, a instalação Earthic Lab é a forma perfeita de explicar a inovação que introduzimos nesta nova superfície, os materiais que utilizámos e de tornar tudo transparente para os visitantes. A ideia era trazer para a cenografia, pois estamos num teatro, os diferentes componentes e processos que nos levaram ao resultado final, para que os visitantes também pudessem ver o invisível. Não se trata apenas da estética da chapa, mas também do que está por trás dela. É uma instalação imersiva para explicar as informações mais autênticas.
Como funciona a instalação Eatrhic Lab
Naturalmente, a estética está de acordo com as origens da Cosentino, em linha com o seu cenário de deserto. A instalação integrou esta estética lunar no espaço do teatro. No Earthic Lab, utilizámos uma variedade de meios, incluindo vídeo e som, para garantir que o conteúdo é comunicado de forma eficaz. Vale a pena destacar também a forma como dividimos estrategicamente o conteúdo em diferentes níveis, aproveitando as diferentes alturas do teatro. Cada nível é dedicado a um dos materiais primários que compõem a chapa.
Earthic Lab by Formafantasma for Fuorisalone
“Os designers têm um papel crucial a desempenhar na inovação para lidar com a crise climática atual. Precisamos iniciar novos processos.”
Formafantasma
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